É da natureza humana querer controlar o incontrolável. Tanto pessoas com uma personalidade mais explosiva, quanto aquela mais introvertidas estão se comportando assim para exercer controle sobre pessoas ou situações.
Controlar o que ainda está por vir, controlar os filhos, controlar os pais, controlar ações e por consequência a vida das pessoas que nos cercam, seja em âmbito familiar, amigos e até mesmo profissional, torna-se um fardo pesado demais.
A ideia de que o jeito certo é o nosso jeito é a maneira que o cérebro sente que estamos mais confortáveis e evitaremos o medo dos possíveis acontecimentos inesperados causados em todo meio social que nos relacionamos.
Manter o foco no que as pessoas irão fazer ou deixar de fazer é extremamente estressante e levará a exaustão física e emocional.
“Temos a tendência de olhar para o passado, para nossos pais; e para a frente, para nossos filhos, para um futuro que nunca iremos ver, mas do qual queremos tomar conta.” Carl Jung.
A empatia, o respeito e a curiosidade são elementos fundamentais para se conviver em harmonia. Cada ser humano tem a capacidade de se reformular, de fazer sua contribuição com aquilo que tem em mãos em seus respectivos grupos de relacionamento, seja em família, amigos ou em equipes.
É fundamental em cada ambiente estar bem nítido as regras organizacionais, os protocolos de comportamento e a contribuição ou papel que cada um desempenha. Também é importante colocar as vantagens e as penalidades caso não sejam cumprido o acordado. Temos então o exercício de uma liderança influente e amorosa, que manifesta sua autoridade com transparência, respeito e efetividade.
Enquanto seres sociáveis é imprescindível dar a permissão ao outro ter sua própria experiência com a decisão tomada. Ainda que ao observarmos tenhamos a certeza que não será o melhor. Sendo assim nos tornamos pessoas mais contemplativas e menos controladoras.
A mais poderosa ferramenta que pode ser utilizada para manter as pessoas próximas de nós é amar, honrar e respeitar. Podemos não concordar com suas decisões e atitudes, mas podemos respeitar, suspender julgamentos e praticar a aceitação.
A aplicação destas ferramentas nos relacionamentos trará saúde emocional não somente para o outro e sim, principalmente, para quem a pratica.
“As pessoas são tão maravilhosas quanto o pôr-do-sol, se as deixar ser. Quando olho para um pôr-do-sol, não dou comigo a dizer ‘suavize o laranja um pouco no canto direito’. Não tento controlar um pôr-do-sol. Eu assisto com admiração enquanto se revela”.
Não Podemos ensinar a outra pessoa diretamente; só podemos facilitar sua aprendizagem. Carls Rogers
por Ariane Mariuci